Financiamento da revista

FINANCIAMENTO DA REVISTA

Efetiva
necessidade

Financiamento de uma revista

definição e estrutura da revista

Equipe editorial

Políticas editoriais

Diretrizes para autores e avaliadores

plataforma de publicação

registro issn

Preservação digital

indexação e divulgação 

A criação e a manutenção de uma revista científica envolvem diversos custos financeiros, tanto operacionais quanto tecnológicos. Por isso, é fundamental que cada periódico defina e publique de forma clara em sua política editorial o modelo de financiamento adotado. 

Abaixo disponibilizamos um seleção de conteúdos para auxiliar na definição e escolha do modelo de financiamento.

Conforme Nassi-Calò (2016) os custos para manter uma revista científica ativa podem ser divididos em dois grandes grupos:

1. Custos diretos (ou variáveis)

Referem-se às etapas diretamente relacionadas ao processamento e à publicação de artigos. Estão organizados em três fases principais:

a) Aquisição de conteúdo

  • Sistema de submissão on-line

  • Busca e designação de pareceristas

  • Comunicação com pareceristas e autores

  • Gestão do processo de ressubmissão

  • Detecção de plágio e similaridade (ex.: Crossref Similarity Check)

  • Atribuição de DOI para artigos e pareceres (Crossref)

  • Cobrança de APC (quando aplicável)

b) Preparação de conteúdo

  • Sistema de rastreamento de manuscritos

  • Verificação técnica dos manuscritos

  • Edição de texto e revisão gramatical

  • Editoração e diagramação

  • Formatação de figuras, tabelas e gráficos

  • Marcação XML e aplicação de metadados

  • Inclusão de selo Altmetric (indicadores de atenção)

  • Processamento de correções sugeridas pelos autores

c) Disseminação de conteúdo

  • Plataforma de publicação e hospedagem (ex.: ambiente OJS)

  • Preservação digital de longo prazo (ex.: CLOCKSS, Portico)

  • Distribuição e indexação em bases e diretórios (ex.: Scopus, PubMed Central, DOAJ)

2. Custos indiretos (ou fixos)

São despesas recorrentes relacionadas à manutenção da infraestrutura operacional da revista. Incluem:

  • Remuneração de equipe técnica e editorial

  • Aluguel ou manutenção de imóvel

  • Consumo de energia elétrica e internet

  • Seguros e taxas administrativas

  • Licenças de software e serviços contratados

Segundo Ascorra et al. (2018), existem três modalidades principais de financiamento de revistas científicas:

1. Financiamento pelo proprietário
Nesta modalidade, o proprietário da revista — geralmente uma instituição de ensino ou pesquisa — arca integralmente com os custos de produção e manutenção. Não há cobrança de valores nem dos autores, nem dos leitores.

2. Autofinanciamento
A revista obtém recursos por meio da cobrança direta aos leitores ou autores. Isso pode incluir:

  • Assinaturas pagas;

  • Aquisição individual de artigos;

  • Taxas de submissão ou de publicação (APCs — Article Processing Charges).

3. Financiamento compartilhado
Combina os dois modelos anteriores. Os custos são divididos entre a instituição mantenedora, os autores e os leitores. A revista pode, por exemplo, ser parcialmente financiada por uma universidade e, ao mesmo tempo, cobrar taxas de publicação ou disponibilizar conteúdos mediante assinatura.

 

Outras fontes de receitas para revistas científicas: 

  • Editais públicos e agências de fomento (ex.: CNPq, FAPESP, CAPES).

  • Parcerias institucionais (universidades, sociedades científicas)

  • Publicidade ética e patrocinadores (quando bem regulados).
  • Prestação de serviços editoriais ou cursos vinculados à revista.

É importante considerar que alguns financiadores levam em consideram a transparência financeira e bases de dados das quais as revista está indexada/cadastrada.

A forma como uma revista científica decide sustentar suas atividades está diretamente relacionada ao modelo de publicação adotado. No contexto do acesso aberto,  em que os conteúdos são disponibilizados gratuitamente aos leitores, é essencial refletir sobre quem assume os custos da comunicação científica. Há dois caminhos dos quais as revistas podem seguir: 

💰 Aplicar custos para os autores (Taxas de APC)

Nessa modalidade, os autores (ou suas instituições/financiadores) arcam com os custos da publicação. 

💎 Revistas diamante 

As revistas diamante representam uma alternativa que assegura acesso gratuito tanto para leitores quanto para autores. Nesses casos, os custos são cobertos por instituições mantenedoras, editais públicos, projetos colaborativos ou outras formas de financiamento coletivo. Este modelo está alinhado com os princípios da Ciência Aberta, promovendo equidade no acesso e na participação.

A revista de disponibilizar em sua revista a politica de financiamento a qual ela utiliza e aplica para manuentação da sua revista. 

Caso a revista faça uso de taxa de

(como Article Processing Charges, APCs) deve ser transparente e justificad, informações como Políticas de isenção ou descontos devem ser claramente descritas.

A ausência de clareza pode prejudicar a credibilidade da revista. A cobraça de taxas aps devem ser associadas à aceitação automática de artigos quando associada a aceitçaão automática de artifos é visto como uma prática predatoria.

 

ALém disso o criterio de transparecia das fontes de financiamento é cobradoa por muitos indexadores que avaliam a qualidade dos artigos 

Referências

ASCORRA, Paula et al. Manual de buenas prácticas  editoriales. Chile:  Pontificia Universidad Católica de Valparaíso, 2018. Disponível em: http://librosonline.ucv.cl/index.php/pucv/catalog/view/6/18/55-1. Acesso em: 21 nov. 2022.

NASSI-CALÒ, Lilian. Quanto custa um artigo? Serviços de publicação acadêmica e seus valores de mercado. SciELO em Perspectiva, 10 nov. 2021. Disponível em: https://blog.scielo.org/blog/2021/11/10/quanto-custa-um-artigo/. Acesso em: 4 jun. 2025.

Oliveira Filho, R. S. de ., Hochman, B., Nahas, F. X., & Ferreira, L. M.. (2005). Fomento à publicação científica e proteção do conhecimento científico. Acta Cirúrgica Brasileira, 20, 35–39. https://doi.org/10.1590/S0102-86502005000800009

SOARES, Bruno et al. Panorama do financiamento das revistas científicas brasileiras. Em Questão, v. 28, n. 2, p. 174–198, 2022. DOI: 10.19132/1808-5245282.174-198

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