Sabendo da importância do processo de revisão por pares é essencial que os editores tomem conhecimento de todas as modalidades de avaliação existentes e adotem aquela que julgar mais adequada, preferencialmente em conjunto com os demais membros do conselho editorial.

Segue uma breve explicação das três principais modalidades de avaliação por pares existentes: 

• Avaliação cega ou simples-cega: os avaliadores sabem a identidade dos autores, mas os autores não sabem quem são os avaliadores; 
• Avaliação duplo-cega: os nomes dos avaliadores e dos autores permanecem em sigilo para ambas as partes; 
• Avaliação aberta: os nomes dos avaliadores e dos autores são de conhecimento para ambas as partes. 

Dentre as três modalidades de avaliação por pares, não se pode dizer que uma é melhor ou pior que a outra, uma vez que cada uma possui suas particularidades, vantagens e desvantagens. O que se pode afirmar é que as modalidades simples-cega e duplo-cega já são consolidadas e amplamente aceitas pelos autores e editores. A modalidade aberta, por sua vez, é uma tendência mais contemporânea, muito influenciada pelo movimento em prol da Ciência Aberta, mas que tende a ser cada vez mais aceita pela comunidade acadêmica. 

Sugestões de leitura:

• Avaliação por pares: modalidades, prós e contras | Lilian Nassi-Caió
• Avaliação entre pares na ciência e na academia: aspectos clandestinos de um julgamento nem sempre científico, acadêmico ou de avaliação | Sílvio Paulo Batomé ​
• A avaliação da ciência e a revisão por pares: passado e presente. Como será o futuro? | Amilcar Davyt e Léa Velho
• Polêmico artigo na Science expõe fragilidades da revisão por pares em um conjunto de periódicos de acesso aberto | Lilian Nassi-Caiô
• Olhares sobre a avaliação por pares: institucionalização e limites da avaliação por pares no CNPq (1975-2016) | Anderson Cleiton Fernandes Leite
• ​Global state of peer review | Publons
• Reading peer review: PLOS ONE and Institutional Change in Academia | Cambridge University