Revistas predatórias
A identificação de revistas predatórias não é uma tarefa fácil. Este tipo de revista é reconhecido por divulgar informações falsas ou enganosas, por não utilizar boas práticas editoriais e por faltar com a transparência em seus processos de avaliação e editoração, tudo isso visando apenas os interesses próprios. Diante disso, reunimos algumas características para identificar uma revista predatória.
Principais características de uma revista predatória:
- Apresenta um número de ISSN falso ou inexistente. Consulte aqui o número de ISSN;
- Cobranças de altas taxas de publicação;
- Alta quantidade de artigos por fascículo.
- Exigência de transferência de direitos autorais para a revista;
- Revistas que enviam constantemente chamadas para publicação via e-mail;
- A revista incentiva que os autores entrem em contato por meio de aplicativos de mensagem;
- A revista diz ter um processo de avaliação por pares ágil e que não é devidamente explicitado;
- A instituição editora da revista possui denominação igual ou similar ao do próprio título da revista;
- A revista indica ser editada por uma instituição que não existe;
- Revistas que se autodeclaram como sendo “de referência”, mas que começaram a publicar recentemente;
- Corpo editorial composto por profissionais que indicam possuírem titulações acadêmicas que efetivamente não possuem;
- Informações sobre indexação e serviços de informação enganosa;
Tipos de revistas predatórias:
Revistas falsa: Afirmam ser revistas legítimas, mas têm práticas questionáveis, como aceitar artigos sem revisão por pares adequada e cobrar taxas exorbitantes dos autores.
Revistas pseudo-especializadas: Afirmam fornecer serviços editoriais e revisão por pares, mas na realidade, não o fazem, enganando autores e leitores sobre a credibilidade de seu conteúdo.
Revistas com marcas falsas: Criam sites que imitam revistas legítimas para enganar pesquisadores a submeterem seus trabalhos e pagarem taxas.
Revistas mascaradas: Usam títulos que implicam afiliação com organizações respeitadas, mas que não têm essa conexão real.
Fonte: Arévalo e Holguín (2020)
Indicações de leitura
Saiba mais sobre o que a comunidade científica-acadêmica esta publicado sobre revistas predatórias:
Ibict em ação
Pesquisa do Ibict realiza um levantamento de revistas com indícios de práticas editoriais predatórias. Caso deseje contribuir com a pesquisa preencha o formulário ou encaminhe para o e-mail miguilim@ibict.br o e-mail recebido por uma destas revistas.
Conheça os resultados iniciais da pesquisa:
- Artigo “Mapeamento de revistas brasileiras com práticas editoriais predatórias” publicado nos Anais do ABEC Meeting 2023
- Podcas Revista Fapesp: série “As armadilhas das revistas predatórias”
- Podcast Ciência Suja: Publicar ou perecer
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)
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